O que seria de nós se não fossem os pequenos paraísos verdes incrustados em meio à selva de concreto das grandes cidades? Os parques urbanos nacionais também são cenários perfeitos para as brincadeiras das crianças e também para praticar atividades físicas ou até mesmo dar aquela relaxada nessas férias. Pedalar de bicicleta, patinete, triciclo e até levar o bebê pra passear no parque numa tarde divertida e também contemplar a fauna e a flora resguardadas nessas áreas. Pra inspirar você, recomendamos dez dos mais belos parques urbanos espalhados pelo Brasil. Bom passeio… E não esqueça de levar os brinquedos Bandeirante!
Parque Ibirapuera (SP)
É um dos mais importantes espaços verdes de lazer e de cultura da capital paulista. A área de 1.584.000 m² é serpenteada pela pista de cooper e pela ciclofaixa e oferece parque infantil, bicicletário com aluguel de bicicletas, quadras poliesportivas, campos de futebol e aparelhos de ginástica. Se a ideia for só apreciar a natureza, há grama de sobra para organizar um piquenique à beira do lago. A fonte multimídia (foto), que ganha projeções e shows de luzes, forma uma das paisagens mais bonitas do local, habitado por 494 espécies vegetais e 218 espécies animais catalogadas.
Em dias mais tranquilos, é gostoso levar os netos para andar de patins e skate sob a marquise. O complexo cultural reúne o Museu Afro-Brasil, o Auditório Ibirapuera, o MAM (Museu de Arte Moderna) e a Oca, entre outros. O projeto do parque, inaugurado em 1954, é assinado pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello e Ícaro de Castro Mello, e pelo paisagista Augusto Teixeira Mendes. A premiação Traveler’s Choice 2014, do site Trip Advisor, elegeu o Ibirapuera como o oitavo melhor parque do mundo.
Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº Vila Mariana, São Paulo/SP | Tel.: 11 5574-5045
Parque da Independência (SP)
Foi ali que, em 1822, Dom Pedro I declarava a independência do Brasil de Portugal. Inaugurado em 1988 para o público, possui atualmente uma área de 161.300 m², que abriga o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga (fechado temporariamente), a Casa do Grito (SMC) e o Monumento da Independência e a Cripta Imperial. O simétrico e harmonioso jardim francês em frente ao museu é o cenário ideal para um passeio tranquilo, enquanto a rampa que se estende até o monumento é ocupada por paulistanos de todas as idades em suas bicicletas, patins e skates. Nas laterais, o gramado protegido pelas sombras das árvores do bosque heterogêneo –ali há espécies como araribá-rosa, jacarandá-mimoso e sibipiruna– recebe famílias e grupos de amigos para piqueniques. O visual é deslumbrante.
Av. Nazareth, s/nº Ipiranga, São Paulo/SP | Tel.: 11 2273-7250
Parque Lage (RJ)
Um dos mais belos recantos cariocas, o parque localizado aos pés do Corcovado, onde está a estátua do Cristo Redentor, foi um engenho de açúcar da época colonial: o Engenho Del Rey, pertencente a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro no século XVI. O casarão, construído em torno de uma piscina, é cercado por jardins e vegetação do Parque Nacional da Tijuca. No entorno, há gramados para piqueniques e para descanso, além de chafariz, lagos, ilhas, pontes, coreto, gruta e cavernas artificiais (uma delas com aquários incrustados nas paredes). A área verde e as construções arquitetônicas foram tombadas, em 1957, como patrimônio paisagístico, ambiental e cultural. No palacete, funciona a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, um café e as galerias expositivas.
Rua Jardim Botânico, 414 Jardim Botânico, Rio de Janeiro/RJ | Tel.: 21 3257-1800
Jardim Botânico (RJ)
Contíguo do Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico carioca abriga mata preservada que permite o acesso natural de diversos animais. É uma das mais ricas áreas verdes da cidade –fora das estufas, há cerca de nove mil exemplares botânicos de 1500 espécies. Possui um importante instituto de pesquisas e uma biblioteca com um dos maiores acervos especializados do mundo –são 109 mil volumes. As imponentes palmeiras-imperiais enfileiram-se na Aleia Barbosa Rodrigues, formando uma das paisagens mais simbólicas do local. Vale visitar, durante a caminhada, o Lago Frei Leandro (ou lago da vitória-régia) e a cascata. Oferece intensa programação cultural e educacional para todas as idades nos museus e outros espaços. Foi inaugurado em 1808, sob orientação dos portugueses, com o desafio de aclimatar as chamadas especiarias do Oriente, como baunilha, canela e pimenta, entre outras.
Rua Jardim Botânico, 1008 Jardim Botânico, Rio de Janeiro/RJ | Tel.: 21 3874-1808
Parque Tanguá (PR)
Com pista de caminhada e ciclovia, o elegante parque curitibano tem como principais atrações o mirante e o jardim em estilo francês em homenagem ao artista plástico Poty Lazzarotto. Foi inaugurado em 1996, como parte de um projeto para preservar o curso do rio Barigui. Ocupa uma área de 235 mil m², onde havia um complexo de pedreiras, hoje desativadas. Há também uma cascata e dois lagos –um passeio interessante é o túnel artificial de 45 metros de extensão, que pode ser atravessado a pé ou de barco.
Rua Dr. Bemben, s/nº Pilarzinho, Curitiba/PR | Tel.: 41 3352-7607
Parque Farroupilha (RS)
Mais conhecido como Parque da Redenção, é uma das mais importantes áreas de lazer da capital gaúcha. Em sua área de mais de 37 mil hectares, há os jardins Alpino, Europeu e Oriental, além de 10 mil árvores como jacarandá e ipê-roxo. A fonte luminosa e o espelho d’água também compõem a paisagem do parque, tombado como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico de Porto Alegre, em 1997. As atrações vão desde os passeios de trenzinho e pedalinho às compras no Brique da Redenção e no Mercado do Bom Fim. O parque abriga ainda 38 monumentos, sendo o Monumento ao Expedicionário o principal deles.
Av. João Pessoa, s/nº, Porto Alegre/RS | Tel.: 51 3289-8304
Parque Municipal de Belo Horizonte (MG)
Patrimônio mineiro, o Parque Municipal Américo Renê Giannetti foi implantado na Chácara Guilherme Vaz de Mello, conhecida como a Chácara do Sapo, em 1897. Serviu de moradia para o seu criador, o arquiteto e paisagista francês Paul Villon, e para Aarão Reis, engenheiro-chefe da comissão encarregada de planejar e construir a nova capital de Minas Gerais. Em estilo romântico inglês, reúne em seus 182 mil m² de área coreto, orquidário, monumentos e teatros, além de lagos com barcos a remo e pedalinhos, bosques e recantos com jardins e bancos. Para atividades físicas, há quadra de tênis, pistas de patinação e de caminhada e aparelhos de ginástica.
Av. Afonso Pena, 1377 Belo Horizonte/MG | Tel.: 31 3277-4161
Parque das Nações Indígenas (MS)
Ocupa cerca de 119 hectares nos altos da avenida Afonso Pena e preserva uma reserva ecológica. O pôr do sol, um dos momentos mais bonitos do dia para uma caminhada na larga pista de circulação, reflete sua luz alaranjada sobre o grande lago que corta toda a extensão do parque. Há ali uma pequena ilha e um píer. Suas águas provêm do córrego Prosa, cuja nascente encontra-se na reserva natural do Parque dos Poderes. Cerca de 70% do solo é coberto por grama, mas o local mantém vegetação nativa e núcleos de árvores ornamentais e frutíferas que foram plantadas pelos antigos donos. Animais nativos do Pantanal habitam o local, inclusive jacarés.
Av. Afonso Pena, s/nº Campo Grande/MS | Tel.: 67 3326-2254
Parque Mangal das Garças (PA)
Visto do alto, esse parque instalado em Belém é de tirar o fôlego. Criado pelo Governo do Pará em 2005, faz parte de um projeto de revitalização de uma área de 40 mil m² às margens do Rio Guamá. É um recorte da riqueza amazônica em meio à cidade. O espaço representa as diferentes macrorregiões da flora do Pará, como as matas de terra firme, as matas de várzea e os campos. Lagos e aves como as garças e os flamingos compõem o visual natural do parque, moldado também por suas construções arquitetônicas contemporâneas. O borboletário e o orquidário também estão entre as atrações. Um passeio ao mirante por uma passarela que avança sobre a vegetação nativa e permite uma vista ampla do rio Guamá, é indispensável.
Passagem Carneiro da Rocha, s/nº Cidade Velha, Belém/PA | Tel.: 91 3242-5052
Parque das Dunas (RN)
Com 1.172 hectares de dunas e Mata Atlântica, é o segundo maior parque em área urbana do país, atrás apenas da Floresta da Tijuca, no Rio. Para avistar essas belezas naturais, é preciso fazer três diferentes trilhas interpretativas, Ubaia Doce (2h30 ida e volta), Peroba (1h30) e Perobinha (40 m), que terminam em mirantes de frente para o mar da Via Costeira. A área destinada à visitação, o Bosque dos Namorados, de onde partem as trilhas, compreende sete hectares, com mais de 1.300 árvores nativas da Mata Atlântica. Sob as copas, há uma pista para caminhada, além de bancos e mesas de madeiras, um parque infantil, museus e setores de pesquisa ambiental. O Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves, seu nome oficial, foi inaugurado em 1977 como a primeira Unidade de Conservação do Rio Grande do Norte. É reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira –seu ecossistema abriga riquíssimas fauna (180 espécies) e flora (270 espécies arbóreas distintas) compostas, inclusive, por espécies em extinção.
Av. Almirante Alexandrino de Alencar, s/nº Tirol, Natal/RN | Tel.: 84 3201-3985